Braille

quinta-feira, 17 de abril de 2008

" O Pequeno mundo do Braille"





Há mais de 150 anos que o "Braille" é o meio usado por excelência pelos cegos para a leitura e escrita."Ler com os dedos" tornou-se tão vulgar que, hoje em dia, não se pode pensar em qualquer programa de reabilitação que não passe pela aprendizagemdo Braille.
É interessante notar que mesmo com o advento das novas tecnologias e o consequente aparecimento de formas de acesso alternativas, o Braille continua a ser o melhor meio de tomar contacto com a escrita.Para muitos cegos nada substitui o prazer de ler um livro, de tocar os pontos com os dedos ou sentir a textura do papel.
O sistema Braille apresenta exactamente esta denominação, uma vez que foi criado pelo professor Louis Braille. Este devia ter pouco mais de quinze anos quando inventou o seu código de escrita.


Este conheceu um capitão da artilharia do exército do rei Luís XVIII, Charles Barbier, que inventara uma forma de escrita usando somente pontos e traços em relevo. Este método fora desenvolvido de modo que as ordens militares pudessem ser passadas secretamente entre os soldados, não importando o quão escuro estivesse, e baptizara o sistema de "escrita nocturna"(night-writing).Conhecendo este método, Louis Braille trabalhou e modificou a dita " escrita nocturna" para que pudesse ser usada pelos cegos.


O Sistema Braille é um sistema de leitura e escrita tátil que consta de seis pontos em relevo, dispostos em duas colunas de três pontos. Os seis pontos formam o que convencionou-se chamar de "cela Braille".
A diferente disposição desses seis pontos permite a formação de 63 combinações ou símbolos braille.


Assim permite à pessoa cega satisfazer o seu desejo de comunicação. Excepto pela fadiga, a escrita Braille pode tornar-se tão automática para o cego quanto a escrita com lápis para a pessoa de visão normal.

Um dia diferente...

No dia 27 de Junho o Pavilhão do Conhecimento - Ciência Viva, no Parque das Nações, em Lisboa, comemora o Dia HELEN KELLER. Durante todo o dia decorrerão actividades preparadas em conjunto com o Centro Helen Keller, a ACAPO e o Colégio Aurélio da Costa Ferreira. São actividades dirigidas ao público em geral, mas muito especialmente às crianças e jovens. Jovens cegos e amblíopes mostram aos normovisuais o que sabem, como aprendem, comunicam, viajam, fazem desporto.
PROGRAMA (entrada livre)
  • Exposição informativa e interactiva, com apresentação de materiais de apoio aos cegos, amblíopes e surdocegos, quer no ensino, quer no dia a dia.

Foyer do Pavilhão do Conhecimento.

  • Sessões práticas de braille e escrita na palma da mão;

Auditório e Foyer do Pavilhão do Conhecimento

  • Visionamento de filmes sobre o dia a dia das pessoas cegas, amblíopes e surdocegas (na escola, no emprego, no tempo livre);

Auditório do Pavilhão do Conhecimento

HORÁRIO/ACTIVIDADE/LOCAL

Todo o dia Exposição de materiais no Foyer FoyerTodo o dia Proposta de "menu" de sites internacionais sobre Helen Keller e o ensino das pessoas cegas, amblíopes e surdocegas Cib@rcafé

10.15 - 10.50 Visionamento de filmes: o dia a dia das pessoas cegas, amblíopes e surdocegas/Auditório

11.00 - 11.50 Sessão com alunos e um técnico de mobilidade do Centro Helen Keller/Auditório

11.00 - 11.50 Sessão de escrita na palma da mão/Foyer

12.00 - 12.50 Sessão prática de braille para todos/Auditório

13.00 - 14.00 Visionamento de filmes: o dia a dia das pessoas cegas, amblíopes e surdocegas/Auditório

14.30 - 15.20 Sessão com alunos e um técnico de mobilidade do Centro Helen Keller/Auditório

14.30 - 15.20 Sessão prática de braille para todo/ Foyer

15.30 - 16.20 Sessão de escrita na palma da mão para todos/Auditório

16.30 - 17.20 Visionamento de filmes: o dia a dia das pessoas cegas, amblíopes e surdocegas/Auditório